Hard Bop

O Hard Bop pode ser entendido, sob certos aspectos, como um desenvolvimento e uma radicalização do Bebop. É um estilo de difícil caracterização. Primeiro, porque ele abrange um longo período de tempo, durante o qual se transformou. Depois, porque ele nasceu da ação de dois movimentos opostos, ambos a partir do Bebop: um em direção a uma certa simplificação, e outro no sentido de uma maior elaboração (harmônica e nos temas) e complexidade (na forma e improviso).

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Consideremos primeiro a natureza ao mesmo tempo simples e complexa do Hard Bop. Por um lado, pode-se constatar que ele se vale de temas mais simples e com menos filigranas que o Bebop, delineando linhas melódicas menos angulosas (os hardboppers freqüentemente interpretavam composições próprias, reduzindo a presença do repertório standard).

Os músicos revelam uma certa influência de estilos como o Soul e o Rhythm & Blues, e o som ganha mais agressividade. Os acompanhamentos se valem às vezes de repetição de acordes e de células rítmicas em ostinato. Quando essas células são particularmente sincopadas, o jazz resultante é dito “funky”.

Já no aspecto da complexidade, existe uma preocupação maior com a arquitetura das composições. As estruturas passaram a ser mais complexas do que os blocos de 32 compassos sobre os quais os solistas tradicionalmente improvisavam. O resultado é que o Hard Bop acaba incorporando aspectos do jazz dito modal (que se baseia mais nos acordes do que na melodia-tema, e permanece por um tempo maior em cada acorde).

Curiosidades

Mudanças de compasso e de andamento também se tornam mais comuns. A estrutura harmônica, ao se tornar mais econômica em decorrência da simplificação que se dá no plano rítmico, paradoxalmente abre caminho para uma riqueza maior, pois impõe menos restrições sobre os improvisos dos solistas, que podem exibir um maior arrojo tonal.

O Hard Bop na Guitarraleão

Tin tin deo
Nardis
So what